Conversando com o medo

Em resposta a uma das perguntas que fiz nos stories do Instagram, muitas pessoas disseram que, em 2020, não querem mais o “medo” em suas vidas.
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O medo é como um programa primitivo que temos para nos manter em segurança, mas que, em alguns casos, pode ter bases emocionais, não lógicas, e se tornar paralisante.
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Uma das formas de lidar com o medo (não patológico), é “conversar” com ele e perceber quais são as intenções positivas que quer trazer para a nossa vida - do que quer nos proteger? O que quer evitar? Esta consciência, por si só, muitas vezes permite que o medo, ao garantir a sua intenção, vá se dissolvendo.
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Para quem quiser aprofundar mais um pouco neste assunto, partilho aqui uma ferramenta que tem como objetivo ajudar a perceber que temos muito mais a ganhar ao nos arriscarmos que as coisas corram bem, do que temos a perder ao ficarmos estagnados no medo.
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Flui na prática
Esta ferramenta tem 3 partes. Para cada uma delas, procure sentir e escrever sem racionalizar muito, deixando fluir as respostas.
Parte 1: Pense em tudo o que de pior pode acontecer na situação sobre a qual tem medo.
Liste tudo que pode dar errado.
Para cada coisa que possa dar errado, identifique o que pode ser feito para prevenir que isso aconteça.
Para cada coisa que possa dar errado, identifique o que pode ser feito para corrigir a situação, caso esse cenário se concretize.
Parte 2: Imagine um futuro em que você não entra em ação, em que não ultrapassa o medo. O que acontece se você continuar parado?
Daqui a 6 meses…
Daqui a 1 ano…
Daqui a 3 anos…
Parte 3: Imagine (e visualize) tudo o que pode correr bem e tudo o que você tem a ganhar se as coisas correrem da melhor forma.
Esta ferramenta é muito útil para ajudar a perceber que:
- o pior cenário, muitas vezes, não é tão ruim quanto parece à primeira vista;
- mesmo que o pior cenário se concretize, temos estratégias para prevenir ou solucionar os problemas;
- a nossa vida pode se tornar muito pior se não agirmos do que se as coisas não derem certo.